Em 1991, trabalhadores corajosos retomaram o sindicato das mãos dos pelegos, que tinham se instalado ilegalmente na direção. Em assembleia, elegeram uma Junta Provisória, que ficaria na direção até a realização da eleição, que seria em 1993. Com a nova eleição, os trabalhadores químicos consolidaram a força e a unidade nas decisões da categoria.
Preparação em 1993
A Junta Governativa conduziu o processo eleitoral de forma transparente e ética, como nunca tinha acontecido. Esta forma de trabalhar é mantida pelas direções do sindicato, até os dias de hoje. Naquele ano de 1993, a convenção e a escolha da comissão eleitoral foram feitas na assembleia do dia 19 de março. A convenção da base cutista, em 04 de abril, definiu os seus representantes para a chapa do sindicato.
Sem a inscrição de mais grupos para o comando da entidade, os trabalhadores ampliaram o número de representantes e mantiveram os mais experientes. Com o procedimento dentro da lei, a votação foi de 11 a 14 de maio. A chapa dos companheiros recebeu 87,15% de aprovação. A nova diretoria colegiada conduziu o sindicato de 1993 a 1996. O trabalho de uma direção colegiada é feito de forma coletiva e democrática, por todos os dirigentes.
Repressão
O período da campanha eleitoral teve momentos difíceis para o trabalho dos integrantes da chapa. Em certa ocasião, quando os companheiros foram conversar sobre as propostas da chapa com os trabalhadores na 3M, quem esperava por eles na porta da fábrica, era a polícia com 5 camburões. Nem mesmo as repressões enfrentadas pelos trabalhadores, fizeram com que recuassem. Assim, eles permaneceram combatendo às injustiças dos patrões.
CUT
O Sindicato dos Químicos se filiou à Cut (Central Única dos Trabalhadores), após aprovação na assembleia de 06/11/1992. Naquele momento, significava fortalecer a categoria química de Campinas e região. Em boletim, o Sindicato reconhecia que a Cut não era a central sindical ideal para a luta, pelo distanciando dos princípios que marcaram sua origem, em 1983. No entanto, tinham algumas ações em comum: a campanha pela jornada de trabalho de 40 horas semanal e sem redução de salários. Com o passar dos anos, as diferenças aumentaram. A Cut deixou de representar os interesses da classe trabalhadora, apoiando o governo na retirada dos direitos trabalhistas. Durante o 3° Congresso dos Químicos Unificados em 2006, a categoria demonstrou o descontentamento com a central, e decidiu que o Sindicato deveria se desfiliar da entidade. A saída da Cut foi aprovada no 4° Congresso da categoria, em junho de 2009.
Eleição de 1996 reafirma satisfação da categoria
O Sindicato realizou nova eleição e os trabalhadores renovaram a diretoria. A eleição ocorreu nos dias 22, 23 e 24 de maio de 1996. O pleito eleitoral teve, novamente, inscrição de chapa única. O prazo terminou em 22 de abril. A chapa, de base cutista, foi definida na convenção da CUT, em 14 de abril.
A categoria aprovou a administração dos companheiros dirigentes. Na eleição, a chapa conseguiu o resultado de 92% de aprovação da categoria. Do total de 2.136 votos, 1969 foram na chapa 1. Em branco, contabilizaram 87 votos e 80 nulos. A posse ocorreu no dia 07 de julho.
1° mandato
Desde 1993, a diretoria colegiada coordenou as ações no Sindicato de forma transparente e democrática. Por essa razão, os trabalhadores, mais uma vez, votaram pela continuidade. A confiança aumentou: em 1993 foram 87% de aprovação, em 1996, o índice subiu para 92% e diminuiu o número de votos em branco e nulo. A credibilidade dos dirigentes se firmou desde 1991 com a junta governativa, após a saída dos pelegos da direção por determinação da justiça.
Sindicato amplia representação na base – 1999
O sindicato dos químicos representava naquele ano cerca de 13 mil trabalhadores (as). A participação aumentou, mais fábricas e mais mulheres. A convenção da chapa cutista ocorreu no dia 21 de abril, um dia histórico para a categoria. Isto porque, a categoria mandou os pelegos cantarem em outra freguesia, em 1991, e tomou as rédeas do sindicato. A convenção definiu os nomes dos integrantes da chapa e o plano de lutas para os próximos três anos.
A comissão eleitoral foi escolhida na assembleia de 09 de abril. A eleição foi com chapa única, que venceu com 97% dos votos. Em branco foram 2,2% e votos nulos com 0,8%.
8 anos de lutas
A novidade foi a comemoração dos 8 anos que o sindicato estava sem os pelegos e sim, com homens e mulheres de muita luta. A festa “Xô pelego” teve muita alegria e debate político.
Categoria aprova renovação e experiência - 2002
A eleição do sindicato em 2002 ocorreu nos dias 08, 09 e 10 de maio. O pleito foi com chapa única, o prazo para inscrição terminou em 15 de abril. A convenção cutista definiu a chapa no dia 07 de abril. A vitória foi reafirmada mais uma vez, com 98% de aprovação. Os votos brancos e nulos diminuíram: os primeiros chegaram a 1,88%, seguidos de 0,34%. A comissão eleitoral foi escolhida em 28 de março.
Consolidar unificação
O objetivo do sindicato dos químicos em Campinas, era consolidar o processo de unificação com os sindicatos das cidades de Osasco e Vinhedo. Na prática as três unidades já atuavam juntas em diversos segmentos e ações políticas. Entre eles, as secretarias do jurídico e da imprensa. Na área da saúde do trabalhador e da OLT (Organização no Local de Trabalho), que é quando o trabalhador se sente parte de suas próprias lutas no chão de fábrica. Por isto, o sindicato considera importante o trabalho de OLT e incentiva os debates até hoje.
Eleição de 2005
O Sindicato Químicos Unificados e das Regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo realizaram o processo eleitoral para o mandato de 2005-2008, entre 09 e 18 de maio. Concorreram chapa única nas três regionais e também no Unificados. A aprovação foi de 97,4%, 4.525 votos. A categoria demonstrou que apóia nossas lutas, o posicionamento, a transparência na administração organizativa e financeira do sindicato. Os votos em branco foram 1,97% (98) e os nulos 0,63% (21).
O processo eleitoral garantiu ampla divulgação das propostas e dos integrantes da chapa, por região e destacando a participação das mulheres. Em toda eleição, as urnas ficam disponíveis nas sedes das regionais. Assim como nas fábricas com maior número de trabalhadores e nas demais empresas urnas itinerantes.
A apuração ocorre sempre no último dia de votação em cada regional. A apuração é pública e aberta a todos os interessados em acompanhá-la. A posse das novas diretorias é sempre no mês de julho.
O compromisso do Plano de Lutas aprovado tinha como plataforma, junto com os (as) trabalhadores (as) fazer a luta pelas necessidades do dia-a-dia, combater a exploração capitalista e construir uma sociedade socialista. Conheça as diretrizes:
1) Por aumento real de salários e melhores condições de trabalho;
2) Combate à flexibilização e à precarização do trabalho;
3) Contra os planos neoliberais do governo e do FMI, que precarizam direitos dos trabalhadores;
4) Condições de vida decentes para toda a classe trabalhadora;
5) Por direitos e oportunidades iguais e pelo fim da discriminação;
6) Construir um sindicalismo livre e dos trabalhadores;
7) Incentivo à organização dos trabalhadores na fábrica;
8)Formação política e sindical;
9) Integração com movimentos nacionais e internacionais de resistência à exploração capitalista e
10) Pela libertação da classe operária.
Eleições de 2008
Sindicato realizou as eleições para a nova diretoria para o período de 2008/2011, de 5 a 14 de maio. As votações ocorreram nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Sindicato Químicos Unificados. Todo o processo eleitoral passou a ser unificado, em 2002, a coleta de votos e a apuração, tudo com total transparência. Em Vinhedo, a votação foi em 05 e 06 de maio; Osasco, de 07 a 09 de maio; e em Campinas de 12 a 14 de maio.Em 11 de abril foi realizada uma assembléia para eleger companheiros (as) que coordenariam as eleições. Uma maneira de confirmar e garantir a absoluta democracia do processo eleitoral, conforme publicado no próprio jornal do sindicato e edital convocatório.
A Chapa 1, na Regional Campinas, recebeu 99,05% dos votos. Os votos nulos foram 0,05% e os brancos 0,90%. Em números absolutos, foram 4.366 votos para a Chapa 1, nulos 2 e brancos 24. A direção reeleita do Químicos Unificados, a Chapa 1 obteve 97,31% dos votos, 0,43% foram nulos e 2,26% brancos. Em números absolutos foram 7.088 votos para a Chapa 1, nulos 12 e brancos 91.
Na Regional Osasco, a Chapa 1 alcançou 98,76%, 2.146 votos, nulos foram 0,14%, e os brancos 1,10%. Em Vinhedo, foi 94,12% dos votos, em números foram 576 e 1,14% nulos e 4,74% brancos. A alta votação recebida pela Chapa 1, praticamente a totalidade, demonstrou a representatividade e a aprovação da direção, do plano de lutas e das ações. A Chapa 1 foi formada pela direção da época e com a renovação de 36% das trabalhadoras e trabalhadores dirigentes.