Sindicato mantém categoria organizada
2017 a 2020
A segunda cartilha sobre defesa da saúde do trabalhador, com o título Intoxicação no Local de Trabalho, que é o Tema 2 da Coleção Doenças e Acidentes do Trabalho foi uma publicação organizada pelos Químicos Unificados e foi lançada em 27 de janeiro de 2017.
A eleição para renovação da direção do Sindicato Químicos Unificados de Campinas e Região ocorreu de 27 a 29 de março para a próxima gestão de 3 anos
O juízo da Vara do Trabalho de Hortolândia (SP) concedeu liminar favorável ao Ministério Público do Trabalho em abril por ação civil pública movida contra a farmacêutica EMS S/A, determinando a regularização imediata da conduta trabalhista da empresa no tocante à contratação de estagiários e de trabalhadores temporários, jornada de trabalho e pagamentos salariais. Considerada líder de vendas no setor farmacêutico brasileiro, a unidade fabril em Hortolândia, mantém mais de 3 mil trabalhadores.
O Sindicato participou da manifestação contra a reforma trabalhista e da previdência, tendo a classe trabalhadora organizado a maior greve geral da história do país, convocada pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais/populares, 40 milhões de brasileiros foram às ruas ou paralisaram suas atividades no dia 28 de abril. Segundo a organização, essa greve superou o movimento de 35 milhões de pessoas registrado em 1989.
A defesa do meio ambiente está presente desde o início do Sindicato e se fortaleceu com a unificação, desde o primeiro Congresso, em 2002, já era uma das principais lutas apresentadas à categoria. Assim, a Rede Livres surge em 2018, um projeto de economia solidária que leva à mesa da trabalhadora e do trabalhador comida sem veneno, de produção agroecológica e com preço que cabe no bolso, baseada na luta do Sindicato Químicos Unificados contra as multinacionais Shell e Basf, que causaram contaminação do ar, do solo e da água aos trabalhadores e moradores de Paulínia e região.
O agrotóxico é implacável, contamina todos os seres vivos, inclusive os humanos, que são afetados desde a produção na fábrica, a aplicação na planta, o consumo dos alimentos e o uso da água. A partir dessas experiências, os trabalhadores do ramo químico, ao lado dos Químicos Unificados, criaram consciência de que era preciso ir além da luta defensiva: era necessário criar uma outra economia — sem atravessadores, sem agrotóxicos e sem exploração.
O 7º Congresso do Unificados foi realizado nos dias 2,3 e 4 de agosto de 2019 em que discutiram questões importantes para a categoria, organização das estratégias de luta unificada entre Campinas e Osasco, além de definidas resoluções para os próximos três anos. Anteriormente, foi realizado o Encontro preparatório ao Congresso com o tema Desafios do sindicalismo no século XXI.
Os Químicos Unificados, junto com a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora -, se uniram aos movimentos sociais no dia Nacional da Luta – Tsunami da Educação e em defesa da aposentadoria, em 13 de agosto. Em Campinas, os dirigentes do Sindicato se concentraram no Largo do Rosário com as centrais sindicais e movimentos populares, falaram sobre o desgoverno do presidente Bolsonaro, que atacava constantemente os direitos dos trabalhadores e contra o texto base da Medida Provisória 881/19, a chamada “MP da Liberdade Econômica” aprovado pelos deputados, mais um ataque aos direitos do trabalhador. Entre outras medidas, está o fim da obrigatoriedade de criação das CIPAS (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes).
Na regional de Osasco, a concentração do ato foi em frente ao MASP, na avenida Paulista, chamando atenção para a série de ataques orquestrada pelo governo Bolsonaro e convocando a população para ocupar as ruas e lutar.
Foram mais de 200 cidades no Brasil que foram às ruas contra a reforma da previdência e em defesa da Educação. Milhares de estudantes, professores, sindicalistas, trabalhadores e ativistas de movimentos sociais denunciaram o retrocesso e o desmonte dos direitos trabalhistas.
O Cefol (Centro de Formação e Lazer) do Sindicato Químicos Unificados sediou o II Festival de Agroecologia e Ecoturismo do Leste Paulista, realizado nos dias 5 e 6 de outubro. Durante o evento foram realizadas oito oficinas, feira de produtores, diversas atrações musicais como orquestra de violas e caminhadas ecológicas, além de um amplo debate sobre modelos de produção sustentáveis.
Além de pensar numa alimentação saudável, o Festival mostrou que comer é um ato político, que envolve um modelo econômico de incentivo ao pequeno produtor e de uma sociedade mais justa e igual, por isso abordou também a economia solidária e formas de incentivar o microcrédito.
O sindicato Químicos Unificados é uma das referências na luta em defesa da vida. Participar da realização deste festival é uma forma de divulgar amplamente novas maneiras de se produzir alimentos sustentáveis, sem veneno e de promover o turismo com respeito ao meio ambiente.
O Unificados realizou uma parceria com Instituto Federal de São Paulo (IFSP) para curso sobre agricultura agroecológica com o tema: “Segurança alimentar e tecnologias sustentáveis para agricultura familiar agroecológica”. O curso foi sediado
no Centro de Formação e Lazer dos Químicos Unificados (Cefol) de Campinas para produtores da agricultura familiar e assentados da reforma agrária, mas foi aberto para todos os perfis, como estudantes, pesquisadores, apoiadores e interessados na luta pela terra e pela agroecologia.
A Intersindical realizou o 2º Congresso Nacional nos dias 15, 16 e 17 de março na cidade de São Paulo, com trabalhadoras e trabalhadores que representaram sindicatos, coletivos de oposição e minorias sindicais, movimentos e demais entidades que constroem a Central Sindical.
Os Unificados é filiado a esta Central e foi uma das entidades que vem construindo sua estruturação, contando com diversos dirigentes sindicais em sua atual direção. A participação naquele ano foi com 19 delegados e delegadas que acompanharam as propostas por diversos convidados, participaram de debates e resoluções, e a composição da direção da central para o próximo período.
Em 2020, os Químicos Unificados realizaram eleição de 17 a 19 de fevereiro, com a implantação do mandato de 4 anos, devido a mudança do estatuto em 2019 que ampliou o período de gestão. O resultado foi de 96,13 de aprovação do total de 4.182 votos.
A Câmara de deputados aprovou o pacote do veneno, o projeto de lei (PL 6299/2002) pretendia acabar com a saúde da população brasileira seguiu para o Senado, apesar da mobilização da sociedade e da ciência, foram 301 votos a favor e 150 contra. Com tantas urgências que deveriam ser prioridade no país, parlamentares ruralistas preferiram votar este projeto, o que mostrou que o bem-estar da população não era o mais importante.
Os Químicos Unificados sempre trabalharam em defesa do meio ambiente, da agroecologia e da saúde dos trabalhadores e das pessoas por uma alimentação saudável e sem produtos contaminadores. Assim, participou do III Festival de Agroecologia e Ecoturismo do Leste paulista nos dias 17 e 18 de outubro de forma online, devido a pandemia, reuniu pessoas interessadas no modelo sustentável e ecológico da produção de alimentos, palestras, mesas de debate e atrações culturais. O festival foi uma realização de diversos parceiros, entre eles o Sindicato Químicos Unificados, Cefol e Livres – Rede de Produtos do Bem.
A Organização Mundial da Saúde – OMS declarou oficialmente a pandemia de COVID-19, no dia 11 de março de 2020, quando o Brasil já registrava mais de cem casos confirmados. O primeiro caso no país foi divulgado em 26 de fevereiro de 2020 na cidade de São Paulo. Menos de um mês depois, o Ministério da Saúde declarou o contagio em todo o país e o registro atualmente é mais de 39 milhões de casos confirmados e de 716 238 mortes.
A orientação da OMS foi pelo isolamento e distanciamento social para achatar a curva de contágio e evitar o colapso no sistema de saúde. O então presidente Jair Bolsonaro foi muito criticado por minimizar os efeitos da doença, não seguir a OMS, defendeu tratamentos sem eficácia comprovada, demorou a comprar vacinas e entrou em conflito com governadores e especialistas que discordavam.
O sistema de saúde passou por uma crise sanitária em 2021, quando o país começou a registrar mortes em filas de espera por leitos e alertas para possíveis desabastecimentos de oxigênio e produtos de intubação. O longo período da crise afetou o emprego e a educação em fase de alfabetização. A vacinação começou somente no início de 2021 quando os casos diminuíram 40%, assim como os óbitos. A vacina passou a ser oferecida anualmente para a população.
O Senado instaurou a CPI da Covid-19, uma comissão parlamentar de inquérito para investigar ações e omissões do poder público no combate à pandemia. O relatório apresentado em 26 de outubro de 2021, sugerindo o indiciamento de Bolsonaro e outras 65 pessoas por crimes relacionados à pandemia.
Ano de uma série crise política criada dia
após dia pelo presidente Bolsonaro, a irresponsabilidade ia além das falas grotescas e “piadas” absurdas, ao convocar e comparecer em atos contra a democracia, interferia nas investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro e terríveis declarações feitas durante a reunião ministerial de 22 de abril.
Por isso, os Químicos Unificados defendiam o Fora Bolsonaro, o impeachment e nova eleição presidencial. Protocolaram, representados pela Intersindical e com mais 400 entidades civis, movimentos sociais e partidos políticos, o pedido de impeachment do presidente da república. A luta incluía políticas de proteção social a toda população trabalhadora, em particular para as pessoas desempregadas ou na informalidade, não às demissões, aos cortes de salários e direitos, ao congelamento dos salários já defasados do funcionalismo público, da proteção das micro e pequenas empresas e a taxação das grandes fortunas.
Desde sempre, o Sindicato Químicos Unificados participa de movimentos e ações que atendam a sociedade como um todo. Dirigentes dos Químicos Unificados arrecadaram para doação cerca de 10 toneladas de alimentos, além de fraldas e produtos de higiene em solidariedade as várias famílias em situação de risco cadastradas em paróquias de Campinas, Comunidade Nélson Mandela e também movimentos como dos Vicentinos.