2014 a 2017

Ações internas e nas ruas

2014 a 2017

Em 2014, o Químicos Unificados, que já vinha atuando na criação da nova central sindical, participou no mês de março do Congresso Nacional em que foi oficializada a fundação da Intersindical – Centro da Classe Trabalhadora (CCT). O encontro representou um passo importante para unificar as lutas e fortalecer uma concepção e prática sindical democrática, combativa, plural, com independência de classe e sendo contra o imposto sindical. 

É também a primeira central sindical a te uma mulher como secretária geral, o cargo mais alto da entidade: Nilza Pereira, dirigente do Químicos Unificados da Regional Osasco, a iniciativa rompeu com a velha estrutura sindical e trouxe à frente uma mulher. Hoje, a central representa cerca de 250 mil trabalhadores, considerando os movimentos sociais.

A sessão do filme O Lucro Acima da Vida foi uma noite do “tapete vermelho” no dia 06 de junho com o Teatro Municipal lotado, atividade que integrou a comemoração do Unificados pela Semana do Meio Ambiente. O longa-metragem conta a história da luta vitoriosa da Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e do Sindicato Químicos Unificados contra as multinacionais Shell/Basf por exposição aos produtos contaminadores à saúde humana.

No dia 06 de novembro, foi a vez do Cine Topázio em Indaiatuba. Em Campinas, a sessão do filme O Lucro Acima da Vida contou com público de cerca de 500 pessoas que lotaram o Teatro Castro Mendes, em 17 de fevereiro. A exibição seguinte foi no Centro Educacional Unificado (CEU) Inácio Monteiro, distrito Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo, em 25 de fevereiro.

No início de 2015, o Sindicato assumiu uma cadeira no Conselho Municipal de Saúde para ajudar a combater a privatização dos serviços públicos. Sindicato destacou a morte de um trabalhador na Mexichem no jornal de edição nº 91.

Iniciativas que continuaram durante o ano com lutas em nível nacional contra o PL 4330 da terceirização em muitas manifestações, incluindo greve geral. Em todo o Brasil, paralisações ocorridas no dia 29 de maio exigiram o fim do projeto de lei da terceirização e das medidas pelo ajuste fiscal que prejudicariam a classe trabalhadora. 

A militância em Campinas foi à Câmara Municipal para protestar contra a 2ª votação da emenda à Lei Orgânica do Município que proibia qualquer debate relacionado a gênero nas escolas de Campinas, também chamada de “Emenda da Opressão”, sendo retirado de pauta pelo autor extremista de direita, após intensa pressão popular e de vereadores progressistas na Sessão do dia 16 de novembro. A primeira votação sobre legalidade ocorreu em junho.

O Sindicato Químicos Unificados Regional Campinas organizou no dia 30 de junho um debate para os trabalhadores com o sociólogo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Ricardo Antunes que afirmou: “O mundo produtivo, no capitalismo, destrói o corpo produtivo”, ao fazer a relação entre a exploração por cada vez mais produção e menos direitos nas empresas, com o crescente número de trabalhadores acidentados, lesionados e mortos no exercício de suas atividades. E ele garante que, se aprovado o projeto de liberação total da terceirização, a situação irá se agravar em muito ao transformar os trabalhadores em informais, sem quaisquer direitos ou garantias contratuais. O encontro também contou com o Dr. Roberto Ruiz, consultor médico do Unificados.

Coletivo de Mulheres do Unificados realizou encontro sobre gênero nos Centros de Formação e Lazer (Cefol) de Campinas e Osasco atividades preparatórias para o Encontro de Mulheres da Base, a partir da discussão de alguns temas centrais: feminismo, direito ao corpo e mulher e trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo IBGE em 2013, revelaram que as mulheres eram maioria da população brasileira (51,4%), passaram a viver mais, tiveram menos filhos, ocupavam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias. Situação de extrema importância de debate para o Sindicato e sua categoria.

Químicos Unificados realizaram o 6º Congresso nos dias 19, 20 e 21 de junho, em Louveira, para manter as lutas por conquistas.

Uma caminhada ecológica por trilhas na região do Centro de Formação e Lazer (Cefol), marcou o plantio de mudas de árvores nativas e frutíferas, com aulas de compostagem caseira e rede de conversa sobre sustentabilidade realizada no dia 14 de junho. A ação foi organizada pelo Observatório de Gestão Pública do Trabalhador no mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente em 05 de junho e o Sindicato Químicos Unificados tradicionalmente participa de atividades de conscientização em defesa do meio ambiente. 

2016 foi um ano de muitas mobilizações em que os Químicos Unificados participaram, dos atos em Brasília contra o golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff da Presidência, pelo impeachment em 31 de agosto de 2016 aprovado pelo Congresso Nacional. É bom destacar que Dilma foi inocentada posteriormente sobre a questão fiscal, reforçando que o processo foi apenas por motivação política.

A Frente Povo Sem Medo, Movimento que congrega entidades sindicais, movimentos sociais e culturais, levaram as pessoas às ruas ao organizar uma manifestação em defesa dos direitos dos trabalhadores e sociais, pela democracia e contra o golpe que tiraria a presidenta Dilma Rousseff da Presidência em 22 de maio de 2016, em São Paulo, denominado Temer, e o Sindicato Químicos Unificados e a Intersindical Central da Classe Trabalhadora também participaram. A classe trabalhadora tomou as ruas por não aceitarem um presidente ilegítimo, com um governo fruto de um golpe na democracia e no roubo de 54 milhões de votos ao tentarem o impeachment de Dilma que estava em curso por golpista da direita e extrema direita contra o povo brasileiro.

Em Campinas, a Frente Povo Sem Medo foi lançada no dia 27 de julho de 2016 no CIS Guanabara, com a presença de sindicatos, partidos, parlamentares, estudantes, trabalhadores e movimentos sociais. O debate apresentou o manifesto com análise da conjuntura nacional e os preparativos para a Jornada Nacional pelo Fora Temer.

Dirigentes do Unificados participam do 1º Encontro de Mulheres da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, atividade que antecedeu o 1º Congresso da Intersindical, que ocorreu de 18 a 20 de março em São Paulo com debates e preparação para as lutas do próximo período. O Encontro de Mulheres discutiu a Violência Contra Mulheres em Diferentes Perspectivas e teve Grupos de Trabalho e Resoluções. No Congresso da Intersindical outros grupos de trabalho debateram temas diversos que envolvem o dia a dia dos trabalhadores como, racismo, homofobia, misoginia, meio ambiente, cultura entre outros.

A segunda cartilha sobre defesa da saúde do trabalhador, com o título Intoxicação no Local de Trabalho, que é o Tema 2 da Coleção Doenças e Acidentes do Trabalho foi uma publicação organizada pelos Químicos Unificados e foi lançada em 27 de janeiro de 2017.

A eleição para renovação da direção do Sindicato Químicos Unificados de Campinas e Região ocorreu de 27 a 29 de março para a próxima gestão de 3 anos

O juízo da Vara do Trabalho de Hortolândia (SP) concedeu liminar favorável ao Ministério Público do Trabalho em abril por ação civil pública movida contra a farmacêutica EMS S/A, determinando a regularização imediata da conduta trabalhista da empresa no tocante à contratação de estagiários e de trabalhadores temporários, jornada de trabalho e pagamentos salariais. Considerada líder de vendas no setor farmacêutico brasileiro, a unidade fabril em Hortolândia, mantém mais de 3 mil trabalhadores.

O Sindicato participou da manifestação contra a reforma trabalhista e da previdência, tendo a classe trabalhadora organizado a maior greve geral da história do país, convocada pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais/populares, 40 milhões de brasileiros foram às ruas ou paralisaram suas atividades no dia 28 de abril. Segundo a organização, essa greve superou o movimento de 35 milhões de pessoas registrado em 1989.