Período de manifestações por manutenção de direitos e ampliação de conquistas
1999 a 2002
Em 07 de fevereiro de 1999, o Sindicato se solidarizou com o MST na ocupação em Porto Feliz. O apoio foi em forma de levantar acampamento, ajudar no roçagem e com alimentos.
Grande ato no Dia Nacional de Manifestações contra a política econômica do governo FHC em 30 de abril. Participação na passeata dos 100 mil em Brasília, em agosto, e no mês seguinte no Grito dos Excluídos de Campinas.
Na última eleição da década confirmou-se a chapa 1 na renovação da diretoria. Uma vitória no campo jurídico foi o Sindicato ter conseguido a reintegração ao trabalho na farmacêutica EMS, de uma companheira e um companheiro em novembro.
O ano de 2000, iniciou uma década de intensas manifestações contra FHC e grande ato em Brasília contra FHC e FMI em junho, contando com a forte participação dos trabalhadores de Campinas.
O Sindicato dos Químicos de Campinas promoveu o 3º Congresso em julho na Sede e também participou do 7º Concut em agosto, em Serra Negra. No mês de setembro, em Cajamar, os Sindicatos que procuravam unificar a categoria, realizaram o 3º Encontro de Base Unificado, para tratar sobre a Campanha Salarial.
Sindicato consegue renovação do acordo para manter a 5ª Turma na Rhodia, após 2 anos da proposta, que foi iniciada em 1988 e implantada no ano seguinte. Durante a campanha salarial passou por greves e paralisações nas fábricas para garantir manutenção de direitos e ampliar conquistas.
O Sindicato dos Químicos de Campinas participou do protesto contra o mau atendimento da perícia do INSS, em abril de 2001.
As articulações pela unificação ganharam força no fim da década de 1990 e para avaliar o caso, foi realizado um plebiscito na categoria no dia 07 de julho, com aprovação de 93% dos trabalhadores da base.
O Sindicato continuou trabalhando e entregou a pauta de reivindicações daquele ano à FIESP, no dia 25 de julho. Em agosto, Sindicato apoia a primeira reunião de ex-trabalhadores da Shell, contaminados pela exposição na planta da fábrica. A situação também atingiu moradores do bairro Recanto dos Pássaros, local onde estava localizada a Shell (saiba mais sobre o caso mais adiante). No mês seguinte, foi realizado o 4º Encontro de Base com Sindicatos de Campinas, Osasco, São José dos Campos e Vinhedo, na Colônia dos Vidreiros na Praia Grande.
Em ato no Largo do Rosário, em Campinas, no mês de setembro, movimentos sociais e a população homenageiam a memória e pedem justiça pelo assassinato do prefeito Toninho (PT).
Em 2002, as centrais sindicais chamam greve geral contra desmanche do serviço público e retirada de direitos trabalhistas, movimentos sociais fizeram atos contra Alca – Área de Livre Comércio das Américas uma tentativa de anexação das economias latino-americanas e caribenhas, que aceleraria o processo de desindustrialização e comprometeria a soberania das nações, consolidando o domínio imperialista dos Estados Unidos.
O governo de Fernando Henrique Cardoso tentou empurrar um projeto de lei que previa menos direitos do que os previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O Sindicato participou das lutas e foi às ruas em Campinas, em Brasília junto com trabalhadoras e trabalhadores realizaram uma vigília, e a paralisação geral envolveu 12 milhões de pessoas, no dia 21 de março de 2002. Com a pressão popular, o projeto foi arquivado na época. No entanto, em 2017, a proposta de FHC foi incorporada à reforma trabalhista do presidente golpista Michel Temer.
Ano de eleição para Presidência da República que elegeu Lula e o Sindicato apontou desafios para os próximos anos, publicando Boletim com “Carta aberta” ao presidente Lula e pauta em defesa dos trabalhadores.
Ano em que durante o Congresso de Unificação dos Sindicatos de Campinas, Osasco e Vinhedo, formou o Sindicato Químicos Unificados, dos ramos químicos, plásticos, farmacêuticos, abrasivos e similares, representando aproximadamente 50 mil trabalhadoras e trabalhadores, continuando a luta em defesa dos direitos trabalhistas e seus desafios.
A unificação surgiu com o objetivo de combater às políticas neoliberais que provocavam o aumento da fome, da miséria e do desemprego na classe trabalhadora, de resgatar ideais da formação da CUT, ser um sindicato classista, democrático, combativo e defensor da superação da exploração capitalista e construção de uma nova sociedade justa e democrática, o socialismo.
Atualmente, a representatividade de mulheres na direção é de 33% da direção do Sindicato. No entanto, no início da fundação do sindicato, eram apenas homens, as primeiras mulheres dirigentes foram somente na década de 1980. Com a retomada em 1991 e a decisão por uma direção colegiada, a atuação das mulheres começou a se consolidar. Em 2002, com a unificação com o Sindicato de Osasco, é aprovada a cota de 30% para mulheres na direção. A partir desse momento, a participação cresce ano a ano, assim como a realização de mais atividades específicas e de formação, com o Coletivo de Mulheres, as trabalhadoras ganharam mais espaço e voz no Sindicato.
Para além do sindicalismo, a luta incluía o apoio às manifestações populares como em ocupações realizadas pelo MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra entre outros movimentos sociais da classe trabalhadora.
Os dirigentes de Campinas, Osasco e Vinhedo foram eleitos em suas regiões, após a unificação dos sindicatos e juntos vêm construindo o Sindicato Químicos Unificados.
Uma importante ação da categoria química foi a greve de ocupação na Basf, devido ao encerramento das atividades de produção nessa unidade, nos dias 2 e 3 de dezembro, empresa localizada em Paulínia. A paralisação garantiu um melhor acordo rescisório para a demissão coletiva de 198 trabalhadores diretos.