1993 a 1996

1º Congresso fortalece a categoria (na foto 1995)

 

1993 a 1996

Sindicato tem eleição democrática e transparente

O Sindicato realizou eleição democrática e transparente em 1993, com chapa cutista e amplo apoio da categoria que elegeu seus dirigentes com o resultado de 87,15%. A direção passou a ser colegiada em que todos e todas têm os mesmos direitos e responsabilidades, extinguindo a figura do presidente da entidade e consolidando maior espaço para a presença de jovens e mulheres na direção.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Campanha nacional da CNQ e CUT pelo turno de 6 horas e para a 5ª turma, que representava mais saúde e mais tempo de vida. Em Campinas, trabalhadores da Du Pont e a Celuplás entraram em greve para pressionar as empresas pela mudança.

Com preocupação com a questão ambiental, o Sindicato começou a estar presente nas bandeiras de luta do Sindicato e publicou um folder divulgando seminário contra energia nuclear no mês de outubro. 

Outra iniciativa que ainda está presente nas lutas são as questões da América Latina, em panfleto debate sobre presença do cônsul cubano no Sindicato em outubro.

Boletim divulga decisão de greve na categoria no mês de novembro, por perdas salariais por planos econômicos e reajustes, estabilidade, reposição da inflação.

Nos três primeiros meses de 1994 o Sindicato realizou mudança no Estatuto para se adequar aos novos tempos. Em outubro trabalhou a campanha salarial nas fábricas.

 

Rhodia tenta colocar na fábrica trabalhadores com ajuda de helicóptero

A greve na Rhodia no mês de agosto, vinha sendo organizada desde abril e teve alta participação dos trabalhadores. A empresa tentou reprimir com a polícia, mantiveram trabalhadores presos dentro da fábrica, “visitaram” as famílias, tentou transportá-los em caminhões baús e se recusaram, helicópteros sobrevoaram o local para intimidação e transporte, com apoio do Exército, artimanha que não deu certo, os trabalhadores saíram vitoriosos, após sete dias de paralisação. A greve era pela reposição das perdas salariais decorrentes dos planos Bresser (26,06%), Verão (26,5%), Collor (mais de 80%) e com a implantação da URV (cerca de 40%).

 

O jornal Quimiluta, ainda com poucas páginas, já possuía a estrutura editorial que conhecemos hoje. Nesta edição tratou-se da economia, do plano real, sobre temas do Brasil e do mundo.

 

1º Congresso

Em outubro de 1995 realizou o 1º Congresso do Sindicato dos Químicos, no sindicato dos Petroleiros com debates, grupos de trabalho e deliberações. Além da participação dos sindicatos da cidade de Campinas e outros da região e da capital. 

 

Eleição de 1996

Em mais uma eleição democrática no Sindicato em 1996, votação dá 92% a chapa da diretoria do grupo da retomada da entidade.

 

Sindicatos realizam o 1º Encontro de Base Unificado em 07 e 08 de setembro, na Praia Grande para debater sobre a campanha salarial.

Por falta de acordo nas negociações com a Fiesp, o Sindicato iniciou a greve no dia 06 de novembro. Também declarou apoio a greve geral na Argentina no mês de setembro em boletim.

O Sindicato dos Químicos de Campinas passou a usar o sistema de cotas na direção, a exemplo do Sindicato de Osasco. Mesmo com mais mulheres participando do cotidiano do Sindicato, ainda é um desafio organizar as trabalhadoras para intervir no mundo do trabalho, no movimento sindical e em outras questões que façam parte da vida dessas mulheres trabalhadoras. A opressão está na fábrica e em casa, e o Sindicato deve contribuir para acabar com a desigualdade entre mulheres e homens. 

Sindicatos formalizam a Esquerda Química

A Esquerda Química é uma frente de sindicalistas do ramo químico de todo o Brasil dentro da CUT, formalizada em setembro de 1996 no 1o Encontro Unificado dos Químicos do Interior do Estado de São Paulo. Os sindicatos já vinham discutindo a ideia desde 1995, com a perspectiva de unificar as lutas dos trabalhadores químicos e plásticos de diferentes cidades do Estado, com caráter mais combativo e de forma diferenciada da CNQ (Confederação Nacional dos Químicos).

Dirigentes dos sindicatos do interior, Campinas, Osasco, São José dos Campos, Vinhedo e Sorocaba, mais alguns membros da direção do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo (capital) estavam descontentes com a direção dada pela corrente hegemônica da CUT (a Articulação Sindical) à CNQ. As campanhas salariais unificadas estavam mornas, sem mobilização dos trabalhadores nas fábricas e nas ruas, voltadas apenas para a negociação da agenda em que os patrões concordavam em discutir o que lhes interessava.

A Esquerda Química vinha com a proposta de romper com os rumos políticos que a CNQ imprimia em suas ações e campanhas. Esses sindicalistas resolveram unificar suas atividades e passar a intervir em conjunto na CNQ, com o objetivo de forçá-la a retomar uma postura classista.

Os Sindicatos de Campinas, Osasco, São José dos Campos, Sorocaba e Vinhedo, com cerca de 160 trabalhadores de base, constituíram no 1o Encontro Unificado de Sindicatos Químicos do Interior de São Paulo com compromissos de ações conjunta, em mutirões, os dirigentes se concentravam em uma das regiões para realizar atividades como entrega de boletins e discussões classistas e organizativas com os trabalhadores nas portas das fábricas.