Sindicato realiza 1° Congresso da categoria depois de quatro décadas

Pela primeira vez, em 1995, após 40 anos de sindicato, os trabalhadores (as) químicos e os (as) dirigentes realizaram o 1° Congresso da categoria. O encontro ocorreu de 22 a 24 de setembro. A nova experiência trouxe o amplo debate sobre os problemas sociais, políticos e econômicos do país, da classe operária e os específicos da categoria química. Antes de 1991, a participação dos trabalhadores não estava presente no dia a dia do sindicato ou nas decisões junto às direções. O 1° Congresso contribuiu para o fortalecimento do sindicato, porque as resoluções foram amplamente discutidas e divulgadas para a categoria.

Debates

Os trabalhadores debateram temas pouco conhecidos para a época, como o avanço da retirada de direitos trabalhistas (projeto neoliberal do governo Fernando Henrique Cardoso 1995-2002), as novas formas de contrato coletivo, a reestruturação produtiva e a OLT (Organização no Local de Trabalho). No Congresso, também foi construído um plano de lutas para combater a exploração dos patrões, demonstrando a organização da base química.

Unificação

O 1° Congresso também apresentou uma discussão importante que iniciava entre os trabalhadores: A unificação dos sindicatos. As entidades são divididas por cidades e definidas como base territorial. O método é ultrapassado porque divide a classe trabalhadora e pode diminuir a força da luta e o poder das negociações com os patrões. A proposta inovadora do sindicato era unir, em nível estadual, toda a cadeia produtiva: químicos, petroquímicos, vidreiros, papeleiros e borracha.  

Preparação

De março a agosto, o sindicato fez atividades para preparar os trabalhadores sobre os temas das discussões que seriam apresentados no Congresso. Nesses encontros, também foram escolhidos os delegados, são aqueles participantes que podem votar e ajudar a decidir as novas ações do sindicato.

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